(Reprodução/TV Globo/Veja SP) |
Por Redação VEJA São Paulo
Roger Waters provocou polêmica ao dar início a turnê “Us + Them” em São Paulo, no dia 9 de outubro — clique aqui para saber relembrar. Neste domingo (14), o Fantástico exibiu um bate-papo gravado na sexta (12) na capital paulista com o baixista e principal compositor da banda britânica Pink Floyd. O músico falou sobre a controvérsia provocada pelas apresentações paulistanas com a repórter Janaina Lepri.
“É interessante porque duas coisas aconteceram: durante a música ‘Eclipse’, eles colocaram a hashtag que desagradou a todos. Aquilo foi um erro. Era para ter aparecido mais tarde, durante a música ‘Mother’, na parte que diz em português ‘mãe, devo confiar no governo?’. Seria nessa parte que apareceria #EleNão, aí faria sentido. Mas colocar no meio de ‘Eclipse’ foi um erro do meu time. Aquela parte da música eram para aparecer pirâmides, lasers coloridos. Estávamos amando uns aos outros. No fim, é o clímax depois da jornada longa que atravessamos. Foi totalmente inapropriado, se eu pudesse dizer”, explicou o músico.
“Na segunda noite em São Paulo, nós não usamos a hashtag, mas deixe-me terminar a história. Na primeira noite eu não soube que tinha aparecido no telão. Achei que todos aplaudiriam, porque era isso que deveria acontecer. Naquele momento do show, em todos os lugares que tocamos no mundo, todos ficam tão contentes nessa parte. Todos aplaudem. Aí eu me perguntei ‘o que está acontecendo?'”, revelou Roger Waters.
O músico também revelou que percebeu a polarização do público, algo que já aconteceu em outros países em outros momentos da história. Roger Waters também diz que a luta não deveria ser entre as pessoas presentes na apresentação, mas contra os poderosos: “Eles são os inimigos, eles são quem deveríamos lutar contra, não entre nós. Isso é o que eles, os poderosos, querem. Que lutemos entre nós, porque enquanto lutamos entre nós, não focamos no nosso verdadeiro problema”, explicou.
Roger Waters também diz que é dever do artistas defender os direitos humanos: “Eu acredito que todos os artistas, não interessa qual tipo de arte você faça, todos têm a responsabilidade de usar a arte para expressar ideias políticas e criar demandas em favor dos direitos humanos para todos”. Na internet, o bate-papo com o Fantástico chamou atenção dos telespectadores. Confira a repercussão:
Roger Waters ainda se apresenta em Salvador na quarta-feira (17) e depois segue para Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, encerrando a turnê nacional no dia 30 de outubro em Porto Alegre, após o segundo turno das eleições.
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